Para a maioria dos observadores, a essência da inteligência reside na lucidez, na versatilidade para resolver problemas novos. Os animais estudados pelos americanos brincam de correr de um lado para outro com incrível pressa e energia até que acabam dando, que casualidade, o resultado esperado. Os animais observados pelos alemães permanecem quietos, pensativos e finalmente, tiram a solução do interior de suas consciências. Costuma-se afirmar também que a essência da inteligência é a previsão. Nunca haverá acordo universal sobre uma definição da inteligência, porque é um vocábulo aberto, da mesma forma que consciência. A inteligência e a consciência relacionam-se com o mais elevado de nossa vida mental, porém freqüentemente são confundidas com outros processos mais elementares. Nossa inteligência surgiu em virtude do refinamento de alguma especialização do cérebro, tal como a que se dá no caso da linguagem. A evolução de adaptações anatômicas nos hominídeos não pôde acompanhar as bruscas mudanças do clima, que ocorriam durante a vida de cada indivíduo. Talvez se possam alcançar de outros modos altos níveis de inteligência, porém o paradigma que conhecemos é a ascensão a partir do movimento.

Autor

Revista Esfinge