Não são apenas os soldados em combate que se camuflam para confundir o inimigo. A natureza e os seres que nela vivem são mestres nisso. Há uma multidão de organismos móveis que utilizam esses mecanismos para não ser vistos por seus predadores ou presas.

Às vezes são cores disruptivas, isto é, que imitam os fundos de desenho irregular, utilizadas para mimetizar, como fazem os polvos, que, além do mais, apresentam outra defesa: uma oportuna cortina de tinta. Alguns peixes utilizam, além disso, uma pequena asa dorsal carregada de veneno.

O RAPE (tão saboroso) não muda de cor, mas imita tão perfeitamente o fundo em que se aloja que não é advertido pelas suas presas até que sejam capturadas; basta ver a foto que segue:

Outros organismos fazem o contrário: mostram-se, como os moluscos nudibrânquios, de cores chamativas; suas substâncias tóxicas são suficientes para distanciar os predadores, já instruídos na arte de reconhecer o comestível discreto e rechaçar os coloridos, que escondem veneno ou um sabor muito desagradável.

Autor

Revista Esfinge