Imagem gerada pelo computador da NASA no ano 2000, com o objetivo de mostrar as toneladas de lixo espacial girando na órbita da Terra.

Os resíduos vão desde câmaras, canetas e chaves de fenda, lançados desde que o homem foi pela primeira vez ao espaço há quatro décadas, até fragmentos de foguetes e painéis solares.

Calcula-se que cerca de 100.000 objetos produzidos pelo homem, cujo diâmetro varia entre 70mm e 10cm, giram na órbita do planeta a uma velocidade de 13km por segundo.

Para a estação Espacial Internacional, a centenas de quilômetros sobre a terra, as possibilidades de ser atingida por algum dos objetos que estão na órbita do planeta aumentam na mesma proporção em que aumenta seu número. O projeto prevê uma espécie de escudo ou barreira contra objetos de 50 a 70 mm e tem capacidade para detectar e descartar objetos de maiores dimensões. No entanto, objetos de tamanho maior que o mínimo de 50 mm e menor do que um meteorito, exatamente da mesma categoria dos que aparecem na imagem, poderiam atravessar a estação como uma bala, destruindo tudo o que tocassem.

A idéia para neutralizar esse perigo é desenvolver um raio laser, a um custo aproximado de 200 milhões de euros, que tentará varrer o lixo para o espaço ou atraí-lo em direção à Terra, para que seja destruído ao entrar em contacto com a atmosfera. Devemos mencionar que o trabalho seria “pescar” peça por peça.

José Morales

Autor

Revista Esfinge