Testemunhas de celebrações de todo tipo, deram origem a histórias de reis e plebeus, princesas e camponeses.

Há registro de virgens negras em toda a Europa. A maior concentração destas imagens, descobertas e estudadas até agora, está na França. A Espanha ocupa o segundo lugar. Disseminadas pelo território espanhol, associadas às montanhas, grutas, ermidas, cursos d’água, poços, pedras, árvores ou lavouras. São também pródigas no Caminho de Santiago. Não é casual que o apóstolo está fortemente vinculado a Nossa Senhora, que motivou sua viagem para a Espanha e o protegeu depois, segundo a tradição, em sua missão evangelizadora. Porém também se encontram em Cáceres (Guadalupe) e em Madri, por exemplo, longe da rota Jacobea. Madri conta com duas virgens negras do antigo culto: Nossa Senhora de Atocha e Nossa Senhora de Almudena, apesar de alguns investigadores assinalarem que talvez trate-se da mesma. Uma vez que da imagem encontrada em uma parede de uma muralha árabe só temos a lenda milenar. Alguns dizem que remonta a época de São Lucas, enquanto outros a época de São João, tendo sido esculpida durante a vida da Virgem. Também contamos com algumas menções históricas, porque a estátua que podemos observar na Catedral só conserva de tão vetusto passado a memória.

Autor

Revista Esfinge