Todo aquele que se aventura pela trilha da Filosofia à Maneira Clássica tem a oportunidade de abrir os olhos e ver coisas grandiosas tanto nas pequenas quanto nas grandes manifestações da Natureza.

O filósofo, o eterno aprendiz, é capaz de ver os laços que unem um átomo a outro átomo, e ver que assim se formam as grandes estruturas, desde as pequenas uniões, desde os pequenos núcleos que se irmanam e se apóiam uns nos outros mas, na justa medida, oferecem, cada um, generosamente, o que têm de melhor e não apenas o que lhes sobra.

Este laço que está presente entre os pequenos átomos também une o “Grande Átomo” que é o Sistema Solar, cujo núcleo é o Sol e cujos elétrons são os planetas. Este mesmo laço que une os átomos e com eles forma os corpos vivos e ativos também une e anima o Universo.

“Assim em cima como embaixo”; eis o ensinamento hermético.

O amor é o grande laço que une todos os seres, todos os reinos, todos os homens, todos os corações. Se imaginarmos cada coração como uma pérola, o amor é o fio luminoso que une todas estas contas e com elas constrói um extraordinário colar. Sem o amor, sem o fio luminoso, estas contas se perdem no meio do lodo, no fundo do mar. No fundo de um mar de egoísmo, de ostracismo, de solidão e de isolamento. A ausência deste fio gera a desconfiança. Neste ponto surgem os nós, surgem os excessos, surgem as carências, surgem as relações desarmônicas, desconexas, desumanas. O laço é voluntário, o nó é compulsório.

O laço une, embeleza, vivifica, não limita, não estanca, não agride, não aprisiona.

O verdadeiro laço, qual espada luminosa, rompe num só golpe o nó da ignorância que submete o ser humano a uma vida mesquinha, medíocre, miserável. O nó impede que a energia circule, que se renove, evolua.

É feliz o homem sábio que porta esta espada luminosa, conhece-a e a domina. É feliz quem encontra um homem como este e pode chamá-lo de Mestre, de Amigo, de Irmão. É feliz quem procura esta união, e não somente procura, mas encontra este grande laço chamado Amor.

Gerson Rodrigues de Miranda

Autor

Revista Esfinge