Todos estão preocupados com a gripe aviária por ela poder vir a ser uma peste para o ser humano. Alguns aspectos dessa enfermidade infecciosa já são conhecidos. Ela é causada pelo vírus da gripe tipo A que foi identificado pela primeira vez há 100 anos na Itália, com o poder de infectar todos os tipos de aves do mundo. Em sua forma mais agressiva, produz uma morte rápida com uma taxa de eficácia de 100% dos indivíduos (poderia ter sido a causa da extinção dos dinossauros?).

As aves são afetadas por 15 subtipos do vírus tipo A e os mais agressivos são os denominados H5 e H7. Sua disseminação ocorre principalmente por meio das aves migratórias, o que torna quase impossível impedir sua propagação.

Entre 1983 e 1984, os Estados Unidos sofreram uma epidemia de gripe aviária que causou nas zonas afetadas uma mortalidade de 90% das aves, sendo que, para controlar o processo epidêmico, tiveram que ser sacrificadas 17 milhões de aves.

O problema é que os vírus tendem a mudar constantemente sua formação genética, tornando-se imunes a determinadas vacinas, podendo “mesclar-se” com vírus “humanos” que podem produzir um novo tipo de patógeno capaz de infectar os homens. Em 1997 surgiu em Hong Kong a primeira pessoa infectada por um vírus de gripe do tipo A, subtipo H5N1. No final daquele ano, nessa mesma zona, seis pessoas morreram infectadas por esse vírus, por causa disso na época mandaram sacrificar um milhão e meio de aves e desde então vários casos ocorreram de forma isolada em diferentes partes do mundo.

J.C. Rodero

Autor

Revista Esfinge