por Jose Manuel Escobero

Os peixes não são muito esplêndidos como engenheiros. E não podemos atribuir à ausência de extremidades, dado que formigas, abelhas e vespas realizam todo seu trabalho com a boca. Os peixes estão obrigados a fazer o mesmo, ajudados, talvez, com a cauda.

As construções que podemos encontrar associadas aos peixes se reduzem a túneis que lhes servem de guarida, ou a diversos artefatos onde o peixe realiza a postura. No tipo dos construtores de galerias, como é o caso do Opisthognatus aurifrons, o peixinho, porque geralmente é de tamanho reduzido, escava no fundo arenoso uma galeria que lhe servirá de morada e câmara de cria. Citemos, porém, ao grupo dos gobios, pequenos peixes cabeçudos das águas costeiras, onde alguns de seus representantes, por um ou outro motivo, se destacam como curiosidades. Um destes gobios, por exemplo, é um maníaco da limpeza e ordem. Detecta imediatamente qualquer mudança no entorno de sua caverna, assim como os objetos que nele foram introduzidos ou destacados das paredes. Uma vez localizado o «lixo» intruso, arremete contra ele, e sem importar tamanhos, despeja de sua porção de habitação ou arredores conchas, pedras, algas ou qualquer outro tipo de resto que as correntes ou os cientistas curiosos poderiam ter colocado lá. O caso é que sua casa permaneça como ele a deixou, exatamente com o mesmo número e posição de seixos e caramujos. Este gobio decorador, ainda quando permaneça vários dias separado de seu lar, sempre redistribui os utensílios a seu exato gosto.

Camaradas

Em outra ocasião, se permite ao luxo de cobrar seus serviços em espécie. Sem nenhuma habilidade que lhe faça merecedor de figurar neste artigo, outro gobio se associa com um pequeno camarãozinho, que está cego. Ambos vivem dentro de uma caverna que o camarãozinho escavou. Ambos se nutrem dos restos que a maré aproxima, e o gobio, tudo o que ele tem que fazer é avisar a seu parceiro cego da presença de perigo. Durante o perambular destes camaradas, o camarãozinho tem especial cuidado em não perder o contato físico com seu companheiro, pelo que se vale de uma larguíssima antena. Se estes animais se separam, o gobio responde com fidelidade e, com celeridade, se engancha ao apêndice de seu cego amigo, que seguramente corre assustado e desorientado ao redor de sua caverna sem encontrá-lo. Ambos, mais tranquilos, especialmente o camarãozinho, podem assim regressar à segurança de seu lar, doce lar.

Apartamento de solteiro

O caso do Esgana-gato é diferente. Este peixinho (Gasterosteus aculeatus), habitante das águas doces e salobras do hemisfério norte, é um mestre consumado na arte de tecer. Quando se aproxima a época da postura, o macho dedica todo seu  tempo e energia a trançar com a boca filamentos de algas, formando uma espécie de ninho subaquático, que endurece com uma secreção mucosa excretada pelos rins. Sua dignidade vai nele, já que a fêmea da espécie elege os melhores ninhos para depositar a postura. Uma vez escolhido um ninhozinho de amor a seu gosto, entra nele e desova. Então é quando se surpreende, e talvez alguma outra desilusão. Quando termina de pôr seus ovos, é empurrada para fora pelo proprietário-construtor do pequeno apartamento, que imediatamente fecunda os ovos, e espera a chegada de outra candidata. Nosso pequeno fabricante será o encarregado de vigiar a postura até a eclosão dos ovos.

Lar flutuante

Ainda quando para ninhos estranhos, teremos que nos mover para o Extremo Oriente. Em seus cursos de água doce habita um pequeno peixe do paraíso, de não mais de nove centímetros de comprimento, o Macropodus opercularis. Muito capacitado para sobreviver em águas paupérrimas em oxigênio, este animal consegue construir um ninho berçário distante das perigosas águas onde habita. Durante a época de cria, o macho constrói um ninho dos mais raros. Envia até a superfície bolhinhas de ar envoltas em uma espécie de baba. Estas bolhas, ao unir-se, acabam por formar sobre a água um autêntico colchão de espuma. A fêmea, uma vez concluída a postura no fundo, transporta os ovos um a um na boca e os deposita sobre este ninho flutuante.

Entre dois mundos

Répteis e anfíbios não são mais esplêndidos que os peixes em seus dotes construtores. Ainda quando muitos deles adotam hábitos dignos de figurar entre os manuais de aventureiros e sobreviventes, não existem casos verdadeiramente destacáveis no que a engenharia instintiva se refere. Se houver, vamos mencionar alguma exceção que atenda à regra, como a de certos tipos de sapos sul-americanos. Estes sapos, de vida fundamentalmente arbórea, encontram muitas dificuldades para realizar sua postura em um curso de água, dezenas de metros mais abaixo do estrato arbóreo onde costumam viver. Ou eles têm que descer a procurar um refúgio de água onde se criem os girinos (alguns até inventaram um certo sistema de «paraquedas», como os esquilos voadores, hipertrofiando as membranas interdigitais de suas pernas, para encurtar o caminho); ou carregam as crias em cima, criando os girinos nas costas; ou procurando piscinas privadas, que, depois de um leve arranjo, servem perfeitamente para seus propósitos reprodutores.

A perereca brasileira (Hyla resinfectrix) se encarrega de localizar, no alto da copa das árvores, um espaço oco natural que receba bastante chuva. Uma vez escolhida a cavidade, depressão ou recipiente de sua escolha, o estofa e impermeabiliza com resina, que unta, como se de manteiga se tratara, sobre as paredes. Os frequentes aguaceiros tropicais do Brasil de encarregam de encher este improvisado poço. A perereca deposita ali seus ovos e se vai tranquilamente.

Bicos e penas

O caso das aves é muito diferente. Poucas delas não se destacam na construção dessas intrincadas tramas que são os ninhos, e inclusive, em muitíssimos casos, estes ninhos vão além da simples funcionalidade para converter-se, pelo menos, em autênticas curiosidades.

A seleção do lugar de aninhamento e a construção do ninho constituem acontecimentos de grande importância na biologia das aves, pois o ninho será o lugar onde se desenvolverão as atividades da postura de ovos, incubação e cuidado e criação dos filhotes até que sejam independentes, pelo que deve reunir condições de segurança contra os predadores e as inclemências do tempo. Geralmente, se trata de uma estrutura construída ou preparada pelos pais, ainda quando em ocasiões pode ser utilizada somente uma eminência natural do terreno. Os pais constroem os ninhos com o material disponível na zona (galhos, folhas, penugem) e os cobrem por dentro com uma camada de penas, teias de aranha, penugem ou folhas pequenas para proporcionar calor aos ovos e filhotes. Quando os ninhos estão em lugares visíveis, são cobertos exteriormente com líquens ou galhos soltos para escondê-los dos predadores. Ainda quando, geralmente, a tarefa de construir o ninho a desenvolva o casal, pode ser só um dos pais que o realize, enquanto o outro fornece o material, defende o território, ou simplesmente não participa.

Furadeiras naturais

Também existem espécies que fabricam as aberturas onde colocam seu ninho; tal é o caso da maioria dos pica-paus, que perfuram as árvores. Para tal fim, a natureza dotou a este tipo de aves de penas basais tão duras como verdadeiros pregos, que o pássaro utiliza como apoio quando bate no tronco. E para não transformar seu delicado cérebro em uma gelatinosa massa batida pelo incessante bater, lhe fornece também as adequadas esponjosidades destinadas a absorver as vibrações da operação de furar. Alguns pica-paus, também, ferem a árvore para que pingue seiva pelo tronco, evitando assim de todas maneiras que uma serpente avisada da presença do ninho suba por ela.

Emparedada viva

O calau africano, que não é um pica-pau, uma vez acondicionado o ninho no interior de uma árvore, fecha a fêmea dentro do mesmo, com barro e saliva, deixando só uma abertura por onde alimentá-la. Depois de meses de voluntário isolamento, a fêmea abandona o ninho, voltando a tapar com as crias dentro. Quando estas completarem seu crescimento, se encarregam elas mesmas de romper a divisória de barro para acompanhar seus pais na busca de alimento.

Os reis da tapeçaria

Famosos por suas habilidades construindo ninhos são os pássaros tecelões. Barulhentas aves que aninham geralmente em colônias, têm a curiosa habilidade de trançar todo tipo de objetos (galhos, folhas, fitas de grama, fios, musgo, teias de aranha ou qualquer resto deixado pelo homem) para formar bolsas bastante complicadas, dotadas de uma abertura que na maioria das vezes olha para o chão. Desta maneira, se impossibilita a entrada de algum visitante desagradável. Existem muitíssimas espécies espalhadas por todo o mundo. Na Espanha podemos orgulhar-nos da oropendola, cujos ninhos são autênticos collages.

Geralmente, começam ancorando em um galho flexível e forte o aro que será o cabide de toda a construção e a entrada. A partir daí, evolui o resto do ninho, em um trabalho incessante que geralmente é realizado pelo macho sozinho. A fêmea se acasalará com o construtor do ninho mais seguro para sua descendência. Em algumas espécies o trabalho vai mais além e, estabelecido o casal, se constroem ninhos «falsos», vazios, para desorientar os predadores.

Dito isto, talvez nós não pensássemos na complexidade que contém. Mas vamos colocar um exemplo. Tentemos amarrar os cadarços dos sapatos só com dois dedos. Isso seria o bico do pássaro. Difícil? Agora vamos pedir a alguém para tentar roubar o cordão. Tal é a camaradagem que impera em algumas destas colônias, onde também existe o aproveitador que, em vez de ir buscar os materiais na origem, decide pedi-los emprestados a um congênere sem que este o saiba, claro, e sem nenhuma intenção de devolvê-los, claro está.

O resultado deste incessante e variado trabalho acaba sendo uma variedade refinada de ninhos em forma de pera, abóbora, garrafa, chifre, helicóptero, taça, vespeiro, etc., que se distribuem caprichosamente pelos galhos da árvore que a colônia escolheu como residência.

Por exemplo, tomemos os lares que constroem os pássaros alfaiate (Psaltriparus melanotis), os quais fabricam seu ninho em uma folha, costurando-a com teias de aranha para usá-la como teto.

Usando cola

O corrupião de Baltimore ou corrupião-laranja (Icterus galbula) constrói com musgo, galhinhos, fibras vegetais e qualquer outro material que possa descobrir – foram encontrados ninhos que tinham trançadas fitas cassete – um grande ninho em forma de taça. Os diferentes elementos estão unidos com dente de leão, planta da família das compostas que contém uma espécie de látex branco. Esta substância confere ao ninho do corrupião de Baltimore uma solidez e resistência que o faz poder suportar as tempestades mais violentas. Também, é impermeável à chuva.

Os oropendola-de-cabeça-castanho de Wagler (Zarhynchus wagleri), que vivem entre México e Equador, medem pouco mais de trinta centímetros. Armados com um forte bico cônico constroem ninhos gigantescos, de cerca de metro e meio de altura, suspensos, que se assemelham a meias ou a mangas, aumentadas na parte inferior e possui uma abertura estreita na parte superior. A fêmea, a única que penetra para alimentar aos filhotes, tem que realizar verdadeiros exercícios de equilibrista para chegar até eles.

O cacique verde (Xanthornis viridis) da América Central, com o tamanho de um tordo, tenta conseguir, também, vigilância privada grátis para seu ninho. Não é por casualidade que se instalem nas cercanias de um vespeiro. Se um visitante indesejável se aventura a aproximar-se do ninho, as vespas, irritadas por esta intrusão, não demoram em espantá-lo.

Sacolas a toda prova

A fêmea do beija flor australiano ou beija flor de fogo (Dicaeum hirudinaceum), das proporções de um carbonero, constrói sobre um gancho de árvore um ninho grande em forma de pera. Os materiais que emprega para levantar esta extraordinária edificação, fornecidos a maioria pelo macho, são fibras flexíveis reforçadas com teias de aranha. É tão densa e resistente que esta estrutura alcança a consistência do feltro.

O gênero Anthoscopus goza de uma ampla distribuição, que chega desde o sul da Europa ao leste da China. Conhecidos por «pássaros moscão», eles ficaram famosos também por seus ninhos de feltro. São muito pequenos e com o bico pontiagudo. A resistência dos ninhos do moscão africano é tanta que algumas tribos desse continente utilizam seus ninhos como cestas. Seus lares também têm outra particularidade. Possuem uma ampla entrada que, porém, não leva a nenhum lugar, é fechada. À vista não costuma estar a verdadeira porta, um pequeno orifício que o passarinho tampa cada vez que entra ou sai, ocultando-a dos predadores, e evitando assim que encontrem um caminho fácil a seus ovos ou filhotes.

O beija-flor-púrpura (Cynniris asiaticus) é uma pequena ave indiana de dez centímetros de comprimento, com umas características biológicas similares ao colibri. Este pequeno pássaro também constrói um ninho trançando galhinhos, que tranca fortemente com teias de aranha. De aproximadamente um metro de comprimento, cabe assinalar que o ciniris tem a precaução de elaborar na parte superior de sua morada, beirando a entrada circular desta, um telhadinho para impedir que penetre a água dos aguaceiros tropicais.

A lista é interminável, ao contrário do que sucede a este artigo. O tecelão-baya(Ploceus philippinus), no sudeste asiático, tece uma bola quase perfeita, acessado por um túnel vertical que surge desde o fundo. Assim, é impossível para serpentes e rondantes arbóreos acessar o interior.

O malimbus (Malimbus cassini), sem nome em português, utiliza sua ciência em construir um ninho em forma de chifre invertido, terminado em bola, que também é acessado pela parte inferior.

Na Espanha temos, também, o rouxinol-grande-dos-caniços (Acrocephalus arundinaceus), que não só se mostra como um excelente tecedor, mas também como um perito em questões plásticas e de aerodinâmica. Amarrando-o a três ou quatro canas, este pequeno pássaro instala seu ninho no mais profundo do canavial ribeirinho de nossos rios. O milagre consiste em que, ante o mais forte vendaval, o ninho se curva ao mesmo tempo em que o fazem as canas que os detém, sem ser deformado um mínimo. Quando o vento amaina, o ninho volta à sua posição normal, sem que tenha sofrido deformação alguma.

Citemos, em último lugar dentro destes pássaros tecelões, o tecelão-de-bico-vermelho africano (Quelea quelea), que, ao contrário do que pareça por seu nome, não se destaca em seus gostos literários, senão pelo volume das construções que realiza em suas ninhadas coloniais. Ao aninhar em bandos, na mesma árvore, seus ninhos em forma de cesta fechada podem chegar a contar-se em três e até quatro mil unidades…

Concorrida casa de vizinhos

Umas juntas a outras, são obras individuais. Porém os tecelões também podem realizar gigantescas obras coletivas. Na África Austral vive o pássaro que constrói os maiores ninhos conhecidos. Embora seja comum que muitas espécies de aves aninhem em colônias, seja em penhascos ou em uma mesma árvore, o normal é que estes ninhos sejam individuais. Gaivotas, outros tecelões ou periquitos buscam a companhia só por segurança. O estranho é encontrar uma ave que se instale por casais em uma morada comum. E isso é justamente o que faz o Philetarius socius, certo tipo de tecelão sul africano muito similar a nossos pardais.

Conhecidos como pássaros republicanos, estas aves constroem uma morada digna de qualquer arquiteto. De longe, a árvore escolhida como morada por um bando de republicanos parece um enorme guarda-sol de palha, similar a de qualquer bar de praia. Se chegarmos perto, comprovaremos que na parte inferior aparecem pequenos buracos, por onde brotam entrando e saindo casais destes pássaros. Estes buraquinhos são as entradas dos ninhos individuais.

O pássaro tecelão republicano trança estes ninhos pouco a pouco. Uma vez escolhida a situação adequada, cada bando se encarrega de levantar em comum este lar, que oferece a vantagem do número frente ao ataque de serpentes e outros predadores. Mais de duzentas aves podem chegar a se abrigar debaixo de um destes guarda-sóis comunitários, que alcançam até os cinco metros de diâmetro. Ano após ano, a colônia aumenta com os novos ninhos dos filhos, já adultos e emancipados, do ano anterior. Até que a pobre árvore não suporta mais o peso, os galhos se partem e todo o edifício vem ao solo.

A lenda do tirano

O próximo pássaro que vamos destacar também é um excelente construtor de ninhos, porém não estritamente do grupo denominado genericamente «tecelões». Trata-se da ave cabeça-de-martelo africano (Scopus umbretta), aparentado com a garça e a cegonha. Um pouco semelhante ao corvo, na África é um autêntico pássaro de mau agouro, a quem mais vale não incomodar se se quer estar bem com a deusa Fortuna.

Habitante da savana se dedica a percorrer as poças e rios para encontrar seu alimento. Onde quer que se construam canais e represas, a ave cabeça-de-martelo chegará rapidamente. E se não há árvores disponíveis, preferentemente com os galhos surgindo da água, construirá seu enorme ninho (ou ninhos, já que será capaz de edificar vários em uma só estação) sobre uma parede, um dique, umas pedras ou no solo.

Seu volumoso ninho em forma de cúpula, feito com uma sólida mescla de barro e galhos, consta de várias câmaras separadas. Os indígenas, maravilhados pela robustez, as dimensões e a complexidade deste edifício, acreditaram por muito tempo que a ave cabeça-de-martelo não podia por si só levantar tal palácio, mas que recrutava uma multidão de outras aves, que obrigava a trabalhar para ela. Daí que lhe dão o apelido de «pássaro sultão». Algo de certo tem a lenda. O enorme ninho da ave cabeça-de-martelo atrai a multidão de seres vivos, principalmente pássaros. Sabe-se que a coruja de Verreaux toma posse do ninho e, quando está terminado, os falcões cinzentos ou as corujas comum desalojam frequentemente aos legítimos proprietários. Os mamíferos pequenos, como furões e ginetas, algumas vezes se instalam ali. Também as serpentes ocupam o lugar. Inclusive enquanto são ocupados pelas aves cabeça-de-martelo, multidão de pássaros do grupo das Paserinae, pombas e minas unirão seu ninho ao deste pássaro. Os ninhos desocupados são rapidamente solicitados por pássaros que aninham em ocos, como o ganso do Nilo, o ganso pigmeo de algodão e o ganso de pente. Deste modo, o ninho da ave cabeça-de-martelo proporciona lugares de aninhamento a numerosas espécies, que de outro modo não encontrariam um lugar adequado para criar na zona.

Talvez tal multidão de vizinhos seja o que construiu a lenda do pássaro escravagista. Porém o certo é que a ave cabeça-de-martelo constrói sua morada sem mais ajuda que a de sua consorte. Às vezes demora seis meses ou mais para dar fim a sua obra. Uma vez terminada, adorna as paredes exteriores de seu ninho de toda sorte de heterogêneos objetos expropriados Deus sabe de onde: ossículos, pedaços de vidro ou chapa, telas, conchas, etc. Devido a este enorme trabalho, talvez seja pelo que a ave cabeça-de-martelo se muda poucas vezes de residência. Esgota até o final suas possibilidades, e se contenta com realizar as melhorias necessárias.

Ainda não terminamos com o trabalho dos ninhos. Claro, permanece os geniais oleiros que constroem os ninhos em bola, como as andorinhas… e talvez algo mais. E inclusive aves peritas em energias renováveis. Se querem comprová-lo, deverão esperar a próxima entrega desta série.

Autor

Revista Esfinge