As capas de gelo da Groenlândia e da Antártida dissolver-se-ão quase na sua totalidade no ano 2100, segundo dois estudos, um da Universidade do Arizona em Tucson e outro do Centro Nacional de Investigação Atmosférica em Boulder (Estados Unidos), que foram publicados na revista Science.

Segundo diversos estudiosos, a Terra poderia ser suficientemente quente no ano de 2100 para o descongelamento geral da placa de gelo da Groenlândia e o colapso parcial da capa de gelo da Antártida. Os trabalhos de investigação realizaram diversas comparações entre os modelos climáticos da Terra há 129.000 anos e os do próximo século. Tanto no Ártico como na Antártica, a capa de gelo foi diminuindo progressivamente nos últimos anos devido, sobretudo, ao aquecimento das capas de profundidade intermediária do mar.

Os cientistas utilizaram uma combinação de dados paleoclimáticos, um modelo climático e um modelo das capas de gelo para determinar o tamanho da capa gelada da Groenlândia durante o último período interglacial, há 129.000 anos, quando o nível do mar era de vários metros acima do atual.

Sobre a base da sua reconstrução das temperaturas de superfície naquele momento, estimaram que a capa de gelo da Groenlândia e outras superfícies de gelo da Antártida contribuíram com 2,2 a 3,4 metros do aumento do nível do mar durante a segunda época de degelo mais recente.

Em um estudo associado, os cientistas da Universidade do Arizona compararam as mesmas previsões dos modelos de aquecimento nos próximos 130 anos com a reconstrução climática apresentada pelos pesquisadores de Boulder, e concluíram que as temperaturas da superfície serão tão elevadas no final do século XXI como foram há 129.000 anos.

Segundo os cientistas, se o passado é o guia do futuro, então, as condições com o potencial suficiente para derreter as capas da Groenlândia e da Antártida ao ponto de elevar o nível do mar em vários metros poderiam se dar ao final do século XXI.

Fonte: Agências Iblnews

Autor

Revista Esfinge