Os desenhistas de aviões ainda não conseguiram construir até hoje uma asa tão eficaz como a que utiliza o cipó de borneo para disseminar suas sementes, mesmo com uma pequena corrente de vento.

O dente de leão, por sua vez, transforma-se em uma esfera com aproximadamente cem sementes dispostas com muita precisão. Cada semente leva um pára-quedas individual incorporado tão eficaz que uma simples brisa a transporta por quilômetros de distância.

Algumas plantas utilizam “helicópteros”, como o falso plátano (acer-pseudoplátano), tendo a sua semente um perfeito equilíbrio entre peso, longitude e largura.

Uma semente ligeiramente mais pesada, mais curta ou mais estreita desmoronaria como uma pedra. Se observarmos, em câmara lenta, o seu movimento em muito nos lembra um arremessador de peso quando está girando antes de arremessar.

O sistema da tristelata africana, que produz uma semente giratória de seis hélices, é uma invenção que ainda não foi copiada. Em outros casos as plantas usam uma propulsão a jato, como o “não-me-toque” do Himalaia, no qual, com um ligeiro toque, as cápsulas de sementes, guardadas em um líquido de alta pressão, explodem e são lançadas.

Autor

Revista Esfinge