Susana Macías

Héctor Gil

Sandra Almaraz

Correspondentes da Esfinge em Barcelona

Barcelona foi uma cidade de encontros culturais durante o verão. O Fórum 2004 desenvolveu um amplo leque de atividades, algumas das quais tivemos a oportunidade de destacar em números anteriores. Outras, por falta de espaço e de tempo, ficam nas lembranças de umas visitas fugazes porém nem por isso carentes de conteúdo, como a exposição sobre Confúcio que foi apresentada até o final de agosto.

Trazemos o tema das Damas do Nilo, exposição no Museu Egípcio de Barcelona, e que o leitor poderá visitar até finais de setembro.

O Egito sempre despertou interesse e admiração em todos os momentos da história e o mesmo continua acontecendo em nossos dias. No Museu Egípcio de Barcelona podemos encontrar uma exposição dedicada às “Damas do Nilo. Mulheres e deusas no Antigo Egito”. A exposição tem como objetivo a aproximação ao papel fundamental que teve a mulher no Egito nas diversas facetas da vida cotidiana. Homens e mulheres tinham um contato tão profundo com as leis da Natureza e com o Divino, que impregnava todos os aspectos da vida. Para os antigos egípcios homens e mulheres eram o mesmo em essência, no espiritual e por isso não havia uma exclusão em palavras, deveres, direitos e poder. As mulheres no Egito podiam chegar a ocupar postos de igual responsabilidade que os homens e em ambos os casos, o requisito fundamental era uma fortaleza moral que lhes permitisse desenvolver-se em seus trabalhos atuando com um profundo senso de justiça, de bondade e de dação…

No museu se realizam diversas conferências relacionadas com a exposição que oferecem uma visão mais ampla sobre o tema. Uma delas teve como protagonista um personagem bastante desconhecido e ao qual gostaria de render homenagem como símbolo das mulheres do mundo egípcio. Trata-se de Hypatia de Alexandria, uma grande dama que devemos situar em uma época conflitiva, não no antigo Egito, mas no século IV de nossa era.

Autor

Revista Esfinge