A Mantis religiosa deposita seus ovos em uma ooteca que constrói por meio da separação de um líquido que se solidifica em contato com o ar. Mas não com a rapidez suficiente para que os ovos fiquem cobertos e protegidos de qualquer perigo, visto que alguns himenópteros conseguem realizar sua postura nos ovos da mantis.

Um destes parasitas, a Mantibaria mantis, é um exemplo de paciência. A fêmea mede 2,5 mm e se instala embaixo das asas da mantis, permanecendo ali vários meses.

Quando começam as contrações abdominais da mantis, o himenóptero desce e chega ao fluido que banha os ovos, ainda semilíquidos. Ali deposita seus próprios ovos nos outros ovos, sendo que para isso dispõe de um período máximo de duas horas que é o tempo que demoram a endurecer na ooteca. A larva do parasita amadurecerá as custas do parasitado. A mantibaria, se sobreviver e não ficar aprisionada, voltará ao seu posto de guarda para esperar uma nova postura.

Autor

Revista Esfinge